Os números da maior tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul continuam a crescer. Mais de 10 milhões de pessoas foram afetadas pelo desastre ambiental que atingiu o maior número de brasileiros na história. Além do aumento no número de mortos, desaparecidos, desabrigados e desalojados, o impacto no setor produtivo é imenso.

O levantamento mais recente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) revela que 94,3% da atividade econômica foi impactada, resultando em perdas de R$ 502 bilhões.

As exportações também serão prejudicadas. Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o sexto maior exportador entre os estados brasileiros, com R$ 22 bilhões em vendas para outros países. Além da soja e do fumo, entre os 10 itens mais exportados estão acessórios automotivos e calçados.

A indústria química

As indústrias e fábricas do Rio Grande do Sul também somam prejuízos com os alagamentos. Os cinco maiores setores industriais do estado são construção, alimentos, veículos, máquinas e equipamentos, e o setor químico.

Além das produções agropecuárias, as empresas desses setores enfrentam desafios operacionais devido à interrupção no fornecimento de matérias-primas, com várias unidades de produção paralisadas temporariamente.