Em meio a um cenário desafiador, o comércio internacional de produtos químicos brasileiros enfrenta dificuldades significativas até o mês de novembro deste ano. O déficit na balança comercial do setor atingiu a expressiva marca de US$ 43,3 bilhões, destacando-se como um ponto de atenção para a economia nacional. Paralelamente, as exportações, embora em números absolutos menores, registraram uma queda de 9,8% em quantidades físicas, totalizando 13 milhões de toneladas.

Deslocamento de Produtos Brasileiros nos Principais Parceiros Comerciais:

O declínio nas exportações de produtos químicos pode ser atribuído, em parte, ao crescente deslocamento de produtos brasileiros nos principais parceiros comerciais. Este fenômeno ocorre em um contexto marcado pelo agravamento das dificuldades econômicas de alguns dos principais parceiros, com destaque para a Argentina. A instabilidade econômica na região impacta diretamente a demanda por produtos químicos brasileiros, contribuindo para a diminuição das exportações.

Reflexos da Competitividade e Guerra no Leste Europeu:

Outro fator relevante é a influência da competitividade artificialmente sustentada em insumos, como gás natural e energia, além de matérias-primas russas. Países asiáticos têm adquirido esses insumos a preços favorecidos em decorrência da guerra no leste europeu, o que cria um desafio adicional para as exportações brasileiras. A dependência de parceiros comerciais em situações geopolíticas complexas impacta diretamente a competitividade dos produtos químicos brasileiros nos mercados internacionais.